terça-feira, 20 de abril de 2010

José Serra – A segunda experiência

O candidato do PSDB entra outra vez na disputa

Nascido no tradicional bairro da Mooca a 19 de março de 1942, José Serra é filho do vendedor de frutas Francesco Serra e de Serafina Chirico Serra. Em 1960 ingressou na Escola Politécnica da Universidade de São Paulo. Envolveu-se com o movimento estudantil e foi eleito presidente da União Estadual dos Estudantes, apoiado por José Carlos Seixas, um dos líderes da Juventude Universitária Católica. Três anos depois, concorreu e venceu a disputa pela presidência da União Nacional dos Estudantes, a UNE. A entidade tinha, na época, reconhecimento de partido e deu a Serra a oportunidade de contato com políticos como o então presidente João Goulart.
Quando acontece o golpe militar, Serra é obrigado a procurar abrigo na casa de amigos, sem contatos nem mesmo com a família. Os militares põem fogo na sede da UNE e Serra refugia-se na embaixada da Bolívia por três meses. Em seguida, foge para a Bolívia e posteriormente para França, interrompendo seus estudos em Engenharia. Retornou ao Brasil em março de 1965, mas em pouco tempo teve de se exilar novamente, dessa vez no Chile. Lá, graduou-se em Economia e casou-se com a bailarina e psicóloga Sylvia Mónica Allende Ledezma, com quem teve dois filhos: Verônica, em 1969 e Luciano, em 1973.
Em 1972, concluiu seu mestrado na Escolatina (Escola de Pós-Graduação em Economia da Universidade do Chile), pouco tempo antes do golpe de Augusto Pinochet. Na época, Serra auxiliou na fuga de perseguidos políticos e foi preso no aeroporto. Quando liberado, escondeu-se na embaixada da Itália como protegido político. Em seguida, mudou-se com a família para os Estados Unidos, onde fez outro mestrado e também um doutorado em Ciências Econômicas na Universidade de Cornell. Trabalhou como professor convidado no Instituto para Estudos Avançados em Princeton, New Jersey, até 1978.

Trajetória Política

Serra volta ao país antes da Lei da Anistia, em 1979. Ainda sem direitos políticos, auxiliou nas campanhas e Fernando Henrique Cardoso pelo Senado e de Franco Montoro pelo Governo do Estado de São Paulo, que o convidou a assumir a Secretaria de Planejamento. Elegeu-se deputado em 1986 e reeleito em 1990. Ajudou a fundar o Partido da Social Democracia Brasileira, PSDB, em 1988. Dois anos depois, foi eleito senador, mas saiu do cargo para assumir o Ministério do Planejamento. Ficou em terceiro na eleição para Prefeitura de São Paulo e, com isso, retornou ao Senado.
De 1998 a 2002, foi ministro da Saúde e implantou a lei de incentivo aos medicamentos genéricos. Perdeu a eleição de presidente para Luiz Inácio Lula da Silva. Assumiu no ano seguinte, a Presidência nacional do PSDB, mas saiu no ano seguinte para tornar-se prefeito da cidade de São Paulo. Em 2006, deixou o cargo para assumir o Governo do Estado, mesmo tendo assinado um tratado de que não sairia da Prefeitura após ser eleito.
Em abril desse ano, José Serra deixou o Governo nas mãos de seu vice, Alberto Goldman, para tornar-se o candidato do PSDB à Presidência.

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